Um levantamento publicado no periódico Ecology revelou que mais de 4 mil aves colidiram com estruturas de vidro em áreas urbanas de 11 países da América Central e do Sul entre 1946 e 2020. Dessas, 2.537 morreram na hora. A pesquisa envolveu mais de 100 especialistas, incluindo brasileiros, e indica que vidros refletores ou translúcidos confundem as aves, levando a colisões, especialmente durante épocas de migração e reprodução.
No Brasil, foram 1.452 registros, inclusive de espécies ameaçadas da Mata Atlântica, como o gavião-pombo-pequeno, a cigarrinha-do-sul e a saíra-pintor. São Paulo lidera com 629 ocorrências.
A pesquisadora Flávia Chaves (INMA) defende ações simples e eficazes, como a aplicação de adesivos, cortinas antirreflexo ou o uso de vidros com faixas UV nas construções, para reduzir as colisões e proteger a biodiversidade urbana.
Fonte: Agência Brasil