Com o tema “COP30 – Momento decisivo para o enfrentamento da crise climática global”, o seminário marca o início de uma série de encontros para debater em profundidade, ao longo do ano, os temas relacionados à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que ocorre de 10 a 21 de novembro na capital paraense.
Uma conversa entre Ana Toni, secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e diretora-executiva da COP30, e a repórter especial de Ambiente do Valor, Daniela Chiaretti, abriu a programação.
O primeiro painel, “A floresta em foco, o que o Brasil e o mundo esperam da COP30”, teve como objetivo analisar as expectativas e perspectivas em relação ao evento. O debate contou com a participação de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará; Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP); André Guimarães, membro do grupo estratégico da Coalizão Brasil e diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam); e Rafaela Guedes, senior fellow no Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). A mediação foi de Ana Lucia Azevedo, repórter especial do GLOBO.
Na sequência, Igor Normando (MDB), prefeito de Belém; Ima Vieira, pesquisadora do Museu Paraense Emilio Goeldi; Mercedes Bustamante, bióloga e especialista em mudanças climáticas; e Thaís Ferraz, diretora programática do Instituto Clima e Sociedade (ICS) trocaram ideias sobre “O que a COP30 representa para o Brasil”.
O tema é estratégico. Ao sediar pela primeira vez a reunião da ONU sobre clima, na Amazônia, o Brasil tem, segundo especialistas, uma oportunidade histórica para reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e apresentar suas contribuições para a transição energética e a economia de baixo carbono.
Nesse sentido, o terceiro painel — de que forma “a iniciativa privada pode fomentar a inovação na Amazônia” — trouxe importantes contribuições à pauta. Os participantes foram Alex Dias de Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa); João Meirelles, diretor geral e CEO do Instituto Peabiru; e Liège Vergili Correia, diretora de sustentabilidade da JBS Brasil.