O Brasil apresentou nesta quinta-feira (13/11) o Plano de Ação em Saúde de Belém, primeiro documento internacional dedicado exclusivamente à adaptação do setor de saúde aos impactos das mudanças climáticas. A iniciativa, que já conta com a adesão de 80 países, estabelece ações concretas para proteger as populações mais vulneráveis dos efeitos já visíveis da crise climática.
“É tempo de passar da reflexão para a ação conjunta”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o lançamento na COP30. “Diante de um clima já alterado, não nos resta alternativa senão governos e políticas públicas para nos adaptarmos”.
Três pilares do plano:
Vigilância e monitoramento de doenças relacionadas ao clima
Políticas baseadas em evidências e fortalecimento de capacidades
Inovação, produção e saúde digital
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, endossou a urgência: “A crise do clima é uma crise da saúde”. Dados alarmantes apresentados pela OPAS revelam que 550 mil pessoas morrem anualmente devido ao calor extremo, que aumentou 20% desde os anos 1990.
Financiamento garantido
Para implementar as ações, a Coalizão de Financiadores de Clima e Saúde anunciou investimento inicial de US$ 300 milhões. O recurso, proveniente de mais de 35 organizações filantrópicas incluindo Bloomberg Philanthropies e Gates Foundation, priorizará o combate a calor extremo, poluição do ar e doenças infecciosas sensíveis ao clima.
O plano representa a principal contribuição do setor saúde para o “mutirão global pelo clima” proposto pela presidência brasileira da COP30, reforçando que adaptação e mitigação devem ser tratadas com igual prioridade na agenda climática global.
Fonte; COP30.














