Um experimento realizado por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Rio Verde (GO) avaliou a influência das culturas de cobertura na produtividade das lavouras, em detrimento dos modelos convencionais de plantio. Em quatro sistemas alternativos, o cultivo da soja foi seguido tanto por culturas de cobertura — coberturas verdes que cobrem e protegem o solo, como braquiárias ou mix de gramíneas e leguminosas — quanto por culturas comerciais. Constatou-se que o sistema de cobertura aumenta a resiliência e o rendimento das lavouras.
O projeto foi conduzido ao longo de cinco anos, com apoio do Instituto Federal Goiano e do Gapes (Grupo Associado de Pesquisa do Sudoeste Goiano). Victória Souza, responsável pela pesquisa, é mestre em agronomia e doutoranda pela Esalq. Segundo ela, a saúde do solo é um conceito essencial para compreender a relevância do estudo: ela engloba fatores diversos, como a habilidade de sequestro de carbono, a fertilidade, a porosidade e o nível de erosão do solo regional.
Com o avanço do aquecimento global, os climas extremos tornam o solo cada vez mais instável, e a agricultura tropical fica fragilizada