Em nosso mundo contemporâneo, onde tudo se mede, marcado por crises existenciais, esgotamento profissional e uma busca incessante por significado, a espiritualidade do trabalho emerge como um caminho de transformação. Mais do que uma mera atividade econômica, o trabalho pode ser uma prática sagrada, um meio de regeneração interior e contribuição para o mundo.
Quantas vezes acordamos já cansados só de pensar no trabalho que nos espera? Vivemos em uma sociedade que, por um lado, idolatra a produtividade e, por outro, trata o trabalho como um fardo inevitável. Mas e se enxergássemos nossa labuta diária com outros olhos? E se, em vez de apenas “ganhar a vida”, estivéssemos participando da criação de Deus?
Jesus, antes de iniciar seu ministério público, passou anos trabalhando como carpinteiro. Ele não pregava o tempo todo – serralhava, lixava, ajustava madeira. Seu ofício era simples, mas feito com presença e amor. Da mesma forma, nosso trabalho, seja ele qual for, pode ser uma forma de oração em ação, uma cooperação com o Divino na construção de um mundo melhor.
“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17) – Jesus não separava o trabalho humano da ação divina.
Fazer bem feito é um ato de amor – Cada mesa que Ele construía era um serviço à comunidade.
Deus não nos chamou apenas para rezar, mas para agir. Seu primeiro mandamento ao homem foi “cultivar e guardar” a criação (Gênesis 2:15). Isso significa que nosso trabalho – desde varrer um chão até liderar uma empresa – é parte de um projeto maior.
Pensamentos – Ailton Oliveira – Dida