Em uma ação emblemática de conservação da fauna, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), reintroduziu 42 animais silvestres em seu habitat natural no Cerrado nesta quarta-feira (27/8). A soltura, realizada na Chapada Imperial (DF), contou com a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e da primeira-dama, Janja Lula da Silva.
Entre os animais devolvidos à natureza estavam espécies como jabutis, saguis-de-tufos-pretos, araras-canindé, canários-da-terra e trinca-ferros, todos reabilitados pelo Cetas do Ibama após serem vítimas de tráfico, maus-tratos ou acidentes.
Marina Silva destacou o papel fundamental do órgão ambiental: “Quanto mais a gente deixa os animais ficarem na natureza, mais a gente revela a nossa humanidade”. A ministra enfatizou a importância da parceria entre instituições públicas e sociedade civil para fortalecer a política ambiental brasileira.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, reforçou o caráter educativo da ação: “O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, mas também com a maior quantidade de espécies ameaçadas. Precisamos que o brasileiro entenda que o lugar dos animais silvestres é na natureza”.
Cetas: centro de excelência no cuidado da fauna silvestre
Os Cetas do Ibama são unidades especializadas que recebem anualmente cerca de 60 mil animais em todo o país. No Distrito Federal, o centro recebe aproximadamente 7 mil animais por ano, sendo mais de 70% aves. O processo inclui triagem clínica, atendimento veterinário e reabilitação física e comportamental até que os animais estejam aptos para retornar à natureza.
Vanessa Negrini, diretora do Departamento de Proteção Animal do MMA, salientou: “Sem a fauna, não há floresta em pé. É preciso mudar o paradigma sobre a fauna e combater a normalização de animais silvestres como ‘pets'”.
A soltura na Chapada Imperial, área cadastrada pelo Ibama como Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas), representa um marco nos esforços de conservação do Cerrado e no trabalho contínuo do Ibama e do Cetas pela preservação da biodiversidade brasileira.
Fonte: Com Informações do MMA.