Em um ato público realizado no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (01/09), véspera do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro José Dirceu fez um apelo contundente por mudanças estruturais no Brasil. Perante centenas de pessoas que lotaram três andares do auditório, Dirceu declarou: “O Brasil precisa de uma revolução social e política, com profundas reformas tributária e financeira”.
O evento, organizado por dezenas de entidades da sociedade civil e instalado como “Assembleia Permanente pela Soberania” pelo presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, teve como foco central a defesa da democracia e da soberania nacional. Bogossian afirmou na abertura: “O Brasil não aceita tutelas e não abrirá mão de decidir o seu destino”.
Dirceu, primeiro ministro da Casa Civil de Lula, criticou duramente as elites nacionais: “A grande questão do Brasil é a sua elite, que não pensa o país”. Ele também alertou sobre as recentes declarações de Donald Trump contra o Brasil e enfatizou a necessidade de mobilização popular: “É preciso retomar as ruas”.
O ato contou com a leitura de um manifesto assinado por mais de 170 entidades, incluindo a FETEERJ e o Sinpro-Rio, que começa com um histórico das lutas do Clube de Engenharia “contra a escravatura, pela república, pela democracia e em defesa da soberania brasileira”.
Entre as personalidades presentes estavam o presidente da ABI, Otávio Costa; o reitor da UFRJ, Roberto Medronho; a deputada Jandira Feghali; o ex-ministro Roberto Amaral; a presidente da UNE, Bianca Borges; a deputada Benedita da Silva; e João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart.
O evento concluiu com um chamado para o 31º Grito dos Excluídos, marcado para o 7 de setembro na Avenida Presidente Vargas, como demonstração de força em defesa da soberania e da democracia brasileiras.
Com informações do Clube de Engenharia do Brasil!