O ano de 2024 apresentou evidências alarmantes dos impactos que as mudanças climáticas trarão. O Brasil enfrentou uma enchente histórica na região Sul, que afetou diretamente 2,1 milhões de pessoas, e uma seca de proporções igualmente históricas nos biomas Amazônia e Pantanal, que isolou comunidades e cidades e provocou incêndios de enormes proporções. A situação não é diferente no cenário global, alertando a todos sobre os efeitos que temperaturas médias 1.5 °C acima de níveis pré-industriais podem trazer para a humanidade. A crise climática, somada às demais crises ambientais em curso (biodiversidade, desertificação, poluição), demanda ações ambiciosas e urgentes, que os países integrantes do G20 devem liderar.
A Presidência brasileira do G20 colocou o tema da sustentabilidade ambiental e climática no centro do debate. O Brasil conclamou as nações do G20, que representam mais de 80% da economia mundial e quase 80% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), a liderarem os esforços de transição para uma economia sustentável e o combate das múltiplas crises ambientais em curso. Essa transição engloba esforços para a redução das emissões de GEE, o aumento da capacidade de adaptação e resiliência à emergência climática e a conservação, uso sustentável e restauração dos recursos naturais, como as florestas, oceanos e outros ecossistemas.