O desenvolvimento do país está intimamente ligado ao avanço das pautas da transformação ecológica, exigindo esforços dos setores público e privado, apontou na quinta-feira (12/9) o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. “Esta é a maior oportunidade de o Brasil voltar a se desenvolver de forma sustentada e sustentável”, afirmou, ao participar como orador principal na abertura do fórum Futuro Sustentável, promovido pelo banco BNP Paribas, em São Paulo.
Mello destacou que esse novo viés de crescimento, com permanente compromisso ambiental e social, é norteador das ações do Ministério da Fazenda. Citou o Plano de Transformação Ecológica (PTE), lançado no ano passado, como “menina dos olhos” do ministro Fernando Haddad, com diretrizes que pautam todas as ações do MF.
O secretário de Política Econômica lembrou que, até pouco tempo atrás, temas ligados à área ambiental (como descarbonização e sustentabilidade) eram considerados “inimigos do desenvolvimento”. O atual governo mudou esse foco, colocando em evidência o novo modelo de transformação ecológica, sempre atrelado de forma equilibrada a compromissos sociais. Para avançar nesse rumo foram e continuam sendo direcionados esforços, formuladas políticas específicas e promovidos avanços na regulação de temas ligados ao novo modelo de crescimento.
O titular da Secretaria de Política Econômica (SPE) ressaltou que o Brasil não está sozinho nesse novo direcionamento, ao lembrar que Estados Unidos e China também contam com esforços focados nos desafios impostos pela sustentabilidade.0
Mello apontou que esses gigantes globais têm mais recursos para financiar essa linha inovadora de desenvolvimento, mas, por outro lado, o Brasil conta com vantagens comparativas e competitivas importantes (como a ampla matriz energética fundada em fontes renováveis), e que isso coloca o Brasil no centro do processo de reglobalização sustentada. “Por isso, a importância dos marcos regulatórios e mecanismos de financiamento adequados, incentivos corretos, na medida exata”, afirmou.