A usina de Itaipu tornou-se, às 23h16 desta terça-feira (20), a primeira hidrelétrica do mundo a gerar 100 milhões de Megawatts-hora (MWh) em menos de um ano.
A quantidade seria suficiente para atender ao mercado brasileiro de eletricidade por dois meses e 16 dias e, ao paraguaio, por sete anos e 17 dias.
O volume de energia gerada de janeiro até agora é 33% superior ao previsto no Tratado de Itaipu, que estabeleceu como produção 75 milhões de MWh anuais.
Já no sábado (17), Itaipu voltou a ser a maior produtora anual de energia elétrica do mundo, superando a usina chinesa de Três Gargantas, que produziu, em 2014, 98,8 milhões de MWh.
Uma combinação de fatores contribuiu para o bom desempenho, de acordo com a empresa: a afluência regular do Rio Paraná, a alta demanda de eletricidade no Brasil e no Paraguai, a otimização do uso dos recursos naturais e a elevada performance dos equipamentos.
Depois de 32 anos e sete meses de sua entrada em operação, Itaipu vive atualmente o auge de produção e produtividade, com o máximo de aproveitamento dos recursos hídricos.
Este ano, a produção de Itaipu foi suficiente para atender a 18% de todo o mercado brasileiro de eletricidade e 82% do mercado paraguaio.
Conta de luz
“Itaipu e a maioria das hidrelétricas brasileiras foram beneficiadas pela regularização das chuvas este ano, o que gerou um aumento na produtividade. Isso contribui para diminuir gastos do consumidor com eletricidade”, afirma o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek.
Segundo ele, esse é um dos principais impactos positivos gerados pelo crescimento da hidroeletricidade este ano no País. “Itaipu tem uma grande participação no impulso dessa matriz”, destaca.
Desde a entrada em operação, em maio de 1984, Itaipu já gerou 2,4 bilhões de MWh, o que representa a maior produção de energia acumulada do mundo. Essa energia seria suficiente para suprir o consumo de todo o planeta por 40 dias.
Itaipu responde por 18% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atende a 82% do consumo paraguaio de eletricidade. A usina gera 2,7 mil empregos diretos: 1,4 mil no Paraguai e 1,3 mil no Brasil.
História
Para construir a Usina de Itaipu, foram necessários U$$ 27 bilhões, captados em órgãos nacionais e internacionais, incluindo as rolagens financeiras.
Cerca de 60% dos custos anuais têm como destino o pagamento dessa dívida, que atualmente é de US$ 10 bilhões. O pagamento total ocorre no primeiro trimestre de 2023.
A construção da usina é resultado de negociações entre Brasil e Paraguai, iniciadas ainda na década de 1960. Em 26 de abril de 1973, foi assinado o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o aproveitamento do potencial hidráulico do rio Paraná.
Em maio de 1974, foi criada a empresa Itaipu Binacional, para construir e gerenciar a usina.
Fonte: Portal Brasil
