Em julho, o grupo de pesquisa em Gênero e Mídia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lançou a plataforma “Um Grito Por Elas” — espaço virtual para que mulheres vítimas de violência dentro das instalações universitárias possam fazer denúncias. O objetivo da iniciativa — que recebeu o apoio da ONU Mulheres e do Instituto Avon — é dar visibilidade a um problema diário enfrentado pelo público feminino.
A coordenadora da iniciativa “O valente não é violento” da agência das Nações Unidas, Amanda Lemos, participou do debate de lançamento do site e afirmou que conscientizar os homens do seu papel de protagonista na desigualdade de gênero é fundamental para transformar um cenário de violência contra a mulheres. Segundo Lemos, homens precisam encontrar novos modelos de masculinidade.
A representante do Instituto Avon, Mafoane Odara, apresentou os dados coletados na pesquisa Violência contra a Mulher no ambiente universitário.
O levantamento aponta que 70% das universitárias no Brasil afirmam já ter sofrido algum tipo de violência − assédio sexual, coerção, violência sexual, física, desqualificação intelectual e agressão moral/psicológica – em espaços acadêmicos.
Também durante o lançamento da plataforma, a reitora da UFPB, Margareth Melo Diniz, aderiu à Carta Pelo Fim do Trote Violento de Gênero e Raça, lançada pela ONU Mulheres em 2015.
Ao longo do evento, a Ordem dos Advogados (OAB) da Paraíba informou que vai fortalecer o atendimento às dúvidas das vítimas de violência nos campi da UFPB, por meio da sua Comissão de Combate e Impunidade contra a Violência a Mulher.
Fonte: ONU Brasil
Foto: gemufpb