O projeto em defesa do meio ambiente Sou Rio Sustentável, iniciado hoje (21) com ações ambientais e sociais na Praia do Arpoador, zona sul carioca, servirá de modelo para todo país. Durante este domingo, participantes do projeto limparão o lixo flutuante do mar, na Pedra do Arpoador e no Parque Garota de Ipanema.
A limpeza do mar tem apoio logístico da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), que dará destino adequado ao lixo coletado, enquanto resgatistas profissionais ajudarão nos cuidados com gatos abandonados, que serão encaminhados para tratamento veterinário, castração e doação.
O criador do projeto, Flavio Costaleites, decidiu trazer para o Rio de Janeiro a experiência piloto desenvolvida no Rio Grande do Sul e Santa Catarina por causa dos inúmeros problemas ambientais da cidade. O Sou Rio Sustentável será replicado para várias cidades brasileiras, onde ganhará o nome de cada localidade. “Ele é tipo o pai de todos”, disse Costaleites.
Segundo Flávio Costaleites, a expectativa é ativar, em março, o projeto Sou POA Sustentável, em Porto Alegre, contra o despejo de lixo no Rio Guaíba; e Sou Floripa Sustentável, na capital de Santa Catarina, implantando em seguida em outras partes do país. A ideia é atacar um problema ambiental, com destaque para o desmatamento nas cidades.
Guarda-chuva
O ambientalista informou que o Sou Rio Sustentável inclui vários projetos que serão implantados ao longo do ano, entre eles o Praia sem Guimba e o Praia sem Plástico. “A gente vai ter Bichos do Rio, para proteção de animais de rua, e o Planta Rio, para plantio de alimentos orgânicos e árvores”, acrescentou.
Costaleites pretende desenvolver produtos que possam ser vendidos para captar recursos privados para financiar os projetos, uma vez que ele prefere trabalhar sem recursos públicos. “A gente não quer, de forma alguma, dinheiro do município para atacar problemas de meio ambiente”.
No próximo dia 28, nova ação será promovida com a Comlurb. É a limpeza das pixações da Pedra do Arpoador. “A gente vai fazer uma grande ação para limpar os mais de 300 pontos de pixação na pedra”. Será feita ainda a recuperação da cerca de proteção no local. Todas as ações de recuperação de áreas degradadas contarão com participação de profissionais. Voluntários serão bem-vindos em determinadas ações que não necessitem de especialistas, como resgate de animais. “Toda semana terá uma ação”, prometeu Flavio Costaleites.
Experiência piloto
A primeira iniciativa do ambientalista foi o POA Sem Bituca, em 2015, para diminuir a quantidade de guimbas de cigarro descartadas no chão de Porto Alegre. Costaleites bancou sozinho a ação e instalou equipamentos coletores junto às lixeiras. O material recolhido foi levado para o município de Nova Santa Rita, onde foi reciclado e usado para substituir o carvão como energia na produção de cimento.
O segundo projeto, em 2016, foi o Praia sem Bituca, lançado na Praia do Rosa, em Imbituba, Santa Catarina. O objetivo foi sensibilizar os frequentadores a dar destino correto às guimbas de cigarro, que foram usadas na produção de cimento.