Prêmio de ONU Mulheres e parceiros reconhece empresas por esforços para igualdade de gênero

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Premiação em Foz do Iguaçu reconheceu esforços de empresas no Brasil para a promoção de práticas, programas e ações culturais de equidade de gênero e empoderamento da mulher. Na ocasião, especialistas discutiram a participação de mulheres em setores tradicionalmente masculinos como tecnologia e inovação.

Quarenta e oito empresas foram premiadas no fim de março por atender plenamente pelo menos um dos sete Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês), iniciativa da organização e do Pacto Global das Nações Unidas para que mais companhias se conscientizem da importância de valorizar o trabalho da mulher, empoderá-la e, com isso, avançar para um mundo mais igualitário.

A empresa de bens de consumo Unilever Brasil e a montadora de veículos Renault do Brasil dividiram o ouro na categoria de grande porte do Prêmio WEPs Brasil 2016 – Empresas Empoderando Mulheres.

Na categoria de médio porte, o grupo Gene Hospitallar foi premiado pela segunda vez, enquanto não houve premiação máxima para a categoria micro e pequena empresa, de acordo com a ONU Mulheres.

A cerimônia de entrega da segunda edição do prêmio reuniu autoridades nacionais e internacionais em equidade de gênero, presidentes de empresas e convidados em Foz do Iguaçu (PR).

A premiação foi uma iniciativa de Itaipu Binacional, Rede Brasileira do Pacto Global, ONU Mulheres e Portal Tempo Mulher, em parceria com MEX Paraná, Global Reporting Initiative e Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

O objetivo é acelerar o progresso e o atendimento das demandas femininas em todo o mundo, assim como o envolvimento das empresas nessa missão.

Brasileira trabalhou no Vale do Silício

As comemorações do Mês Internacional da Mulher também incluíram uma palestra em Foz do Iguaçu da brasileira Bel Pesce, em um evento que ocorreu paralelamente à entrega do Prêmio WEPs Brasil 2016.

Tendo ingressado aos 17 anos no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, onde fez duas graduações e três cursos compactos, Pesce já trabalhou em gigantes da tecnologia do Vale do Silício, como Google e Microsoft.

Segundo ela, os brasileiros podem aprender com os norte-americanos a não condenar empreendedores que falham em suas tentativas de inovar, para que possam ser estimulados a tentar novamente. “A pessoa que vai lá e tenta algo diferente é vista como herói nos Estados Unidos, não como perdedor, que cai fora do mercado”, disse durante a palestra.

A participação mais efetiva de mulheres nas engenharias e em outras áreas da ciência, tecnologia e inovação foi justamente o tema de um painel do Fórum Prêmio WEPs Brasil 2016, que também ocorreu paralelamente às premiações.

Segundo afirmaram especialistas durante os debates, a participação das mulheres é fundamental para que o Brasil atinja a soberania tecnológica e um grau de competitividade no mercado global.

Para os integrantes do painel “As mulheres – desafios das carreiras de tecnologia e inovação”, o país deve se esforçar para ampliar a presença feminina nas carreiras tecnológicas.

“As mulheres que optam por seguir esta carreira têm desempenho equivalente ao dos homens, a mesma entrega. Não há justificativa para elas não participarem mais destas áreas”, afirma o superintendente adjunto de engenharia de Itaipu e professor universitário, Jorge Habib.

De acordo com um levantamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em 2002, as mulheres representavam 20% das profissionais de Ciência e Computação. Em 2014, eram 15%.

Fonte: ONU Brasil

Foto: ACNUR


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