Prefeitura de São Paulo e UNESCO lançam atlas de assistência social

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Documento tem como objetivo mapear vulnerabilidades da cidade e divulgar serviços de ajuda, auxiliando na elaboração e aprimoramento de políticas públicas.

São Paulo tem a maior rede de assistência social da América Latina e uma das maiores do mundo. Para mapear as vulnerabilidades da cidade, divulgar políticas de assistência e qualificar o debate sobre como aprimorá-las, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) lança na quarta-feira (5) o Atlas Socioassistencial da Cidade de São Paulo.

Elaborado pela Coordenadoria do Observatório de Políticas Sociais (COPS) do órgão em parceria com a UNESCO no Brasil, o atlas reúne dados sobre a rede de serviços assistenciais e facilita o acesso de cidadãos em situação de vulnerabilidade e riscos sociais.

O documento pretende também facilitar o planejamento de políticas de assistência social pelos atores dos diferentes territórios da cidade, mostrando as demandas existentes, as vulnerabilidades e a distribuição da oferta de serviços de cada região.

Segundo dados da secretaria, a proteção social básica na cidade de São Paulo envolve uma rede de 846 unidades, que oferecem aproximadamente 176 mil vagas de atendimento diariamente.

Somente para crianças e adolescentes, há aproximadamente 501 serviços, que totalizam 81 mil vagas. Os idosos têm a cobertura de 97 serviços, que oferecem 12,7 mil atendimentos. Os jovens contam com 88 centros para a juventude, que dispõem de 9,7 mil vagas e 41 unidades com foco em capacitação profissional, que totalizam 7 mil vagas.

Disponível na versão impressa e digital, o atlas pode ser acessado pelo site da secretaria. O evento de lançamento ocorrerá na quarta-feira, às 14h30, na Praça das Artes, localizada na Avenida São João, 281.

Vulnerabilidade na cidade de São Paulo

O atlas traz informações georreferenciadas que mostram a situação de cada um dos mais de 1,7 mil setores censitários que compõem a cidade de São Paulo.

Os mapas regionais contêm informações sobre a concentração de domicílios em situação de vulnerabilidade e com renda familiar de meio salário mínimo a um oitavo de salário mínimo e a concentração de pessoas em situação de rua (divididas por idade e por sexo).

Há ainda dados sobre a distribuição dos beneficiários de todos os programas de transferência de renda (Bolsa Família, Renda Cidadã, Renda Mínima e os benefícios de Prestação Continuada para pessoas idosas ou com deficiência); e a distribuição das 922 mil famílias de baixa renda incluídas no Cadastro Único (CadÚnico).

“Não se constrói política pública séria e responsável sem informação, sem diagnóstico, sobretudo em uma cidade de 11,5 milhões de habitantes”, disse a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer.

“Para que a ação do poder público seja efetiva e dê resultados, é preciso que seja amplamente debatida com os atores envolvidos, munidos de informações que possibilitem um debate consistente”, completou a secretária.

A publicação também traz todos os setores censitários classificados segundo o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS-2010), indicador que leva em conta renda, escolaridade, idade das crianças das famílias e gênero do chefe da casa.

Além dos mapas por região, o atlas apresenta quadros com os números relativos a todas essas informações para cada uma das 31 Supervisões Regionais de Assistência Social que correspondem às 32 subprefeituras.

Por fim, apresenta um mapa com a localização de todas as 1.329 unidades de serviços socioassistenciais mantidas pelo município por meio de convênio e de forma direta, que atualmente atendem quase 219 mil pessoas.

Fonte: ONU Brasil

Foto: Cassimano/ Creative Commons


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