Maratona tecnológica mobiliza jovens a buscarem soluções para objetivos da ONU

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hackathonOrganizar uma base de dados única para organizações não governamentais de todo o Brasil que trabalham na recuperação de dependentes químicos. Essa é a proposta de Lucas Anjos, um desenvolvedor de software de apenas 19 anos que participou na semana passada da Campus Party. Em uma maratona criativa, o evento convocou mil programadores a buscarem soluções tecnológicas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Realizada em São Paulo, a 10ª edição da Campus Party teve início na última terça-feira (31), quando começou a contagem regressiva para as equipes apresentarem propostas capazes de alcançar os desafios representados pela Agenda 2030 da ONU.

Ao longo de 100 horas, equipes de jovens programadores e empreendedores discutiram como usar ferramentas digitais e conectividade para melhorar as condições de vida da população. A iniciativa foi chamada The Big Hackathon.

O time do Lucas pensou em como poderia contribuir para o cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 3, sobre saúde e bem-estar. O rapaz e seus cinco colegas de equipe refletiram sobre a importância de fornecer um tratamento adequado e contínuo para usuários de drogas.

“ONGs no Brasil na área de dependência química não têm uma base de dados unificada. Muitas vezes, os dependentes passam por diversas organizações em diferentes cidades e regiões, e nenhuma delas têm informação sobre os tratamentos já feitos pelos pacientes. Assim, acreditamos que as ONGs podem economizar tempo e recursos e dar uma resposta mais efetiva ao problema”, explica Lucas.

“The Big Hackathon é um grande aprendizado para todos nós. Por meio de pesquisas, enxergamos que as ONGs que tratam de dependentes químicos trabalham de forma independente. Mas muitos pacientes frequentam diversas instituições ao longo do tratamento. E a tecnologia é nossa grande aliada para agilizarmos os processos e fornecemos uma base de dados confiável”, acrescentou o desenvolvedor Ícaro Sousa, de 22 anos.

Os jovens chegaram ao final da competição com a ideia de oferecer o produto para prefeituras, governos estaduais e o Ministério da Saúde. Para Luscas e os colegas, a formação de parcerias com o setor público permitirá a implementação em larga escala do projeto.

A viabilidade financeira do negócio ficará por conta das ONGS interessadas, que pagarão uma mensalidade simbólica. Subsídios do governo para as organizações envolvidas também são uma hipótese considerada pelos idealizadores do banco de dados.

Consumo responsável de energia

Também participante da Campus Party, o empresário Carlos Moreira dos Santos desenvolveu uma plataforma para reduzir o consumo de energia em residências.

“Os ODS são muito complexos para atingirmos somente com programação e tecnologia. Por isso, devemos pensar na comunidade, em como levar a tecnologia para lugares inacessíveis. E nosso trabalho pretende justamente isto: mostrar que todas as pessoas, por meio de uma simples plataforma interativa, podem economizar energia, aumentar a renda e colaborar com o desenvolvimento sustentável do planeta”, disse.

O estabelecimento de parcerias também será fundamental para a implementação da iniciativa. “A tecnologia tem muita força de prover informação. E queremos usar essa tecnologia a favor da sustentabilidade financeira do negócio. Com o apoio de diferentes empresas, podemos oferecer benefícios para as pessoas que usarem nossos produtos”, afirma Carlos.

As melhores soluções serão chanceladas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A Big Hackathon tem apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e do Instituto Campus Party, que firmaram uma parceria com a agência da ONU para promover a Agenda 2030 na 10ª edição da Campus Party.

Fonte: Onu Brasil
Foto: PNUD Brasil/Guilherme Larsen


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