Estudo internacional realizado por pesquisadores da Austrália, Estados Unidos, Inglaterra, China, Índia e Brasil, aponta que o planejamento urbano tem relação direta com a saúde pública.
A implantação em São Paulo, por exemplo, de um modelo de cidade compacta e, consequentemente, a adesão a um modelo de mobilidade urbana que foca no transporte ativo, poderia resultar em um aumento de 24% na atividade física praticada pelos paulistanos, seja por caminhadas ou bicicleta.
Esse aumento no deslocamento ativo na cidade, em consequência da diminuição do uso do automóvel, levaria a diminuição de 4,9% na emissão de gases causadores do efeito estufa, consequentemente, a queda de 7% no número de casos de doenças cardiovasculares, e de 5% no de diabetes tipo 2.
Todos ganhariam: a cidade, com menos congestionamentos, o planeta, com menos emissões que contribuem para o aquecimento global e a população, com ar mais limpo e menos incidência de doenças respiratórias, além da prática de exercícios físicos que favorece os cuidados com o corpo.
Neste modelo de mobilidade, ainda pode ser obsevada a questão da redução de velocidade máxima nas vias urbanas, que faz com que se crie um novo ritmo nas cidades: um ritmo ditado pela desaceleração, tanto física quanto psíquica das pessoas, o que também contribuí para a melhoria da saúde pública.
O representante brasileiro neste estudo é o pesquisador Thiago Hérick de Sá, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). Ele ressalta a importância de vivenciar a cidade de uma maneira mais saudável, com menos velocidade, menos trânsito, menos distâncias e mais tempo para viver
Fonte: Cidades Sustentaveis
Foto: Google