A Camada de Ozônio está se recuperando

A ultima avaliação a respeito da camada de ozônio, feita pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), indica que a camada de ozônio está se recuperando, graças as metas estabelecidas pelo Protocolo de Montreal!

No dia 08 de fevereiro a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou uma nova avaliação científica a respeito da situação da camada de ozônio da atmosfera. O resultado mais importante dessa avaliação mostra que as ações internacionais tomadas desde o estabelecimento do Protocolo de Montreal resultaram na dimuição das concentrações de substâncias que destroem o ozônio atmosférico e, com isso, o início da recuperação da camada de ozônio!

Outros importantes resultados foram destacados no anúncio feito pela OMM, como:

  • buraco na camada de ozônio sobre a Antártica está se recuperando, embora continue a ocorrer todos os anos.
  • Graças as medidas tomadas pelo Protocolo de Montreal, uma diminuição mais severa da camada de ozônio sobre os polos foi evitada.
  • Fora das regiões polares, o ozônio estratosférico aumentou de 1 a 3% por década, desde 2000.
  • Espera-se que a quantidade total de ozônio nas latitudes médias do Hemisfério Norte volte a se equiparar a quantidade abundante registrada em 1980 por volta de 2030, enquanto que no Hemisfério Sul seria por volta de 2050.
  • Espera-se também que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica se feche gradualmente, com a concentração de ozônio retornando aos valores de 1980 na década de 2060.

Diante do cenário atual cheio de notícias ruins em relação aos impactos das mudanças climáticas e do aquecimento global, essa é uma ótima notícia, dada a importância da camada de ozônio para a vida na Terra!

O que é a Camada de Ozônio?

O ozônio (O3) é um dos gases que compõe nossa atmosfera, cerca de 90% desse ozônio fica concentrado entre 20 e 40 km de altitude, na estratosfera (camada atmosférica acima da troposfera, na qual vivemos), formando a camada de ozônio.

Essa camada é responsável por proteger todos os seres vivos da Terra dos nocivos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo Sol. A radiação UV pode ser dividida em UV-A, UV-B e UV-C, a camada de ozônio é responsável por absorver parte da UV-C e, principalmente, a UV-B, a mais prejudicial para os seres vivos.

Mapa de concentração de ozônio de setembro de 1979 e 2018 sobre a Antártica, os tons azulados indicam o buraco na camada. Fonte: NASA.

Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica. Desde então, os registros passaram a mostrar uma redução da camada em outras partes do mundo, especialmente próxima ao Polo Sul e Norte. Diversas substâncias emitidas pela atividade humana são responsáveis pela destruição do ozônio. Algumas dessas substâncias também contribuem para o aquecimento global, agravando o efeito estufa, como os óxidos nítricos e nitrosos, expelidos principalmente pelos exaustores dos veículos, e o gás carbônico (CO2). Mas o principal vilão são os gases chamados clorofluorcarbonos, os CFCs.

O que é o Protocolo de Montreal?

O Protocolo de Montreal é um tratado internacional estabelecido em 16 de setembro de 1987 em que os 150 países signatários se comprometeram a substituir as substâncias responsáveis pela destruição do ozônio e, principalmente, acabar com uso dos CFCs. Em comemoração, a ONU decidiu declarar a data de 16 de setembro como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.


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