‘Desigualdade digital’ é desafio global, apontam participantes de Fórum de Governança da Internet

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img_0164Fórum das Nações Unidas para a Governança da Internet (IGF) foi encerrado com um apelo para realização de ações coordenadas, destacando a urgência de eliminar a “brecha digital” – o conjunto de desigualdades socioeconômicas que afetam o acesso às tecnologias da informação e da comunicação, ou a sua utilização.

O 11º Fórum Anual das Nações Unidas para a Governança da Internet (IGF) foi encerrado na última sexta-feira (9) com um apelo para a realização de ações coordenadas, destacando a urgência de eliminar a “brecha digital” – o conjunto de desigualdades socioeconômicas que afetam o acesso às tecnologias da informação e da comunicação, ou a sua utilização. A ideia é garantir que todas as pessoas em todos os países sejam capazes de colher os benefícios da Internet.

“Para o décimo segundo IGF, em 2017, as inovações na programação e nas atividades entre as sessões continuarão a ser implementadas de forma ascendente, com base no retorno da comunidade multissetorial e em consonância com o nosso novo mandato, que exige uma maior participação das partes interessadas nos países em desenvolvimento e melhores modalidades de trabalho”, disse Juwang Zhu, diretor da Divisão de Desenvolvimento Sustentável do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA) da ONU.

Além disso, de acordo com o comunicado, especialistas do evento global ressaltaram que, além dos desafios físicos de conectar pessoas a preços acessíveis, muitas pessoas ainda não reconhecem plenamente o valor da Internet.

Os participantes do Fórum também observaram que nenhuma solução se adapta a todos os problemas.

Por exemplo, a África subsaariana representa os níveis mais baixos de utilização da Internet no mundo, com menos de 3% da população a usando em países como o Chade (2,7), Serra Leoa (2,5), Níger (2,2), Somália (1,8%) e Eritreia (1,1%).

Além disso, embora a conectividade entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento, dentro das regiões e mesmo dentro dos países continue a ser um desafio econômico e de infraestrutura, existem outros obstáculos no que diz respeito ao “analfabetismo digital”.

Um dos principais desafios é a enorme desigualdade de gênero na área. Há 257 milhões de homens online a mais do que mulheres, e é particularmente preocupante que as mulheres enfrentem uma maior variedade de assédio e abuso online do que os homens, destacaram os participantes.

Fonte: Onu Brasil


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