O ano de 2017 terminou com três boas notícias para a população paraense. Uma delas é o fato de que a economia do Estado tem crescido nos últimos anos. Segundo dados divulgados em novembro, relativos aos números de 2015, a soma dos bens e serviços produzidos pelo Estado do Pará e dos impostos totalizou R$ 130, 9 bilhões. Isso fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado ultrapassasse o PIB do Ceará e do Espírito Santo.

Agora, o Pará ocupa a 11ª posição no ranking nacional. Outro dado positivo, também anunciado em novembro, mostra que, pelo segundo mês consecutivo, a quantidade de contratações no Estado foi superior às demissões. Segundo informações divulgadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Cagead), em outubro foram gerados 667 novos postos de trabalho.

Além disso, pelo quarto ano consecutivo, o Estado conquistou a nota “A” na avaliação do equilíbrio das contas públicas. Apenas Pará e Espírito Santo receberam a nota máxima, o que garante melhores relações com a União na contratação de empréstimos e faz parte de uma iniciativa para aumentar a transparência das relações federativas. Esses bons ventos da economia, que parecem soprar sobre o segundo maior Estado da Região Norte, podem ser um prenúncio de que o Pará está reunindo excelentes condições para estimular ainda mais sua economia e, com isso, gerar novas oportunidades de negócios e renda para sua população.

Todos esses fatores fazem com que o Estado reúna excelentes condições para explorar, de forma sustentável, suas riquezas naturais, principalmente relacionadas à Floresta Amazônica. Nesse sentido, em meados de novembro passado, autoridades estaduais lideradas pelo governador Simão Jatene estiveram em duas capitais da Europa, participando de importantes fóruns internacionais.

No primeiro deles, realizado em Bonn, na Alemanha, Jatene marcou presença na COP 23, a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Clima, simpósio que reuniu mais de 25 mil participantes. Ao lado de representantes de mais oito Estados que compõem a Amazônia Legal Brasileira, eles participaram de um evento paralelo à COP conhecido como Amazon Bonn, promovido por várias instituições, como o Ministério do Meio Ambiente, Instituto de PesquisasAmbientais da Amazônia, Fundo Amazônia/Banco Nacional de Desenvolvimento e Social e Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha.

Um dos temas debatidos no encontro foram os esforços feitos pelo Estado em relação à proteção da Floresta Amazônica e a importância deste bioma para todo o planeta. “Falar em sustentabilidade na Amazônia só faz sentido se considerarmos que a região tem um duplo papel: ser prestadora de serviços ambientais em escala planetária e também servir de base e vida digna para as pessoas que vivem nela”, destacou o governador do Estado do Pará.

Fortalecimento de cadeias produtivas

A comitiva estadual esteve também em Londres, na Inglaterra, onde participou de dois eventos que reuniram mais de 100 especialistas, investidores, presidentes de instituições financeiras e fundos de financiamento de projetos sustentáveis, além de representantes de empresas globais que querem apoiar projetos voltados ao incremento da sustentabilidade na Amazônia. A esse público foram mostrados os esforços feitos pelo Estado para reduzir o desmatamento e fortalecer as cadeias produtivas com base em práticas sustentáveis, modelo de desenvolvimento fundamental que, além de preservar o meio ambiente, está alinhado à preocupação mundial em combater o aquecimento global. Com relação à redução da degradação ambiental, em 2004, no Pará, mais de 8,8 mil km² de florestas foram desmatados. Em 2016, esse número foi reduzido para 2,4 mil km². Assim, em 13 anos, a média anual de desmatamento no Estado caiu mais de 70%. “Temos metas mais audaciosas. Mas estamos convictos de que só um esforço conjunto, reunindo sociedade, setor produtivo e governo pode nos levar a um patamar mais elevado”, disse o governador Simão Jatene.

Para Marco Albani, diretor da Tropical Forest Alliance (TFA), uma das organizadoras dos eventos, é possível contribuir para que o Estado do Pará alcance um protagonismo na definição das melhores estratégias para a conquista de novos resultados, aumente o desempenho na redução do desmatamento e, o que também é importante, tenha maior produtividade. “O grande desafio é melhorar a produção com a conservação da natureza. A TFA é parceira, reconhece o que está sendo feito e pode fazer ainda muito mais”, acrescentou Albani.

Na prática

Conheça os dois projetos que são os pilares da estratégia de desenvolvimento sustentável no Estado

Pará sustentável

Por meio de parcerias o programa desenvolve modelos inovadores de gestão e governança, tendo como objetivo fi nal combater a pobreza e reduzir a desigualdade. Uma das iniciativas já colocadas em prática é o Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), sediado em Belém. Por meio de imagens de satélite de última geração ele consegue fazer uma verdadeira radiografia da Floresta Amazônica e, a partir delas, ter acesso a informações relevantes sobre uso do solo, como estado de conservação, preservação, degradação, recuperação, além de definir políticas sobre utilização dos recursos ambientais.

De olho na floresta

É outro importante programa que tem sido fundamental para a preservação da floresta amazônica. O De Olho na Floresta é um sistema de monitoramento ambiental desenvolvido com atenção especial para os recursos florestais que auxiliam o processo desde o licenciamento até o monitoramento ambiental. Também utiliza tecnologia com imagens de satélite de alta resolução com garantia de segurança técnica na apreciação dos projetos e da cobertura florestal.


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