Nunca trocamos tanto de aparelhos eletrônicos como nos tempos atuais, marcado por uma intensa renovação de gadgets, como celulares e computadores. O resultado desse fenômeno é a geração crescente de sucata pós-moderna, um desperdício de recurso e um problema para o meio ambiente.
Sozinho, o Brasil gerou um total de 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico em 2016. Somos o segundo maior gerador desse tipo de resíduo no continente americano, atrás apenas dos Estados Unidos, que produziram 6,3 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mesmo período.
Os dados são do Global E-waste Monitor 2017, relatório internacional elaborado pela Universidade das Nações Unidas (UNU) em parceria com União Internacional das Telecomunicações (UIT) e a ISWA – International Solid Waste Association (Associação Internacional de Resíduos Sólidos), que no Brasil é representada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Segundo a entidade, boa parte desse volume não é reciclado e tem destinação inadequada, indo parar em lixões a céu aberto, contaminando o meio ambiente e a saúde das pessoas.
No mundo todo, a geração de lixo eletrônico atingiu 44,7 milhões de toneladas em 2016, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. O volume de todos os materiais descartados anualmente pesa o equivalente a 4,5 mil torres Eiffel.
A pesquisa mostra que apenas 20% dos resíduos eletrônicos descartados foram reciclados, a despeito do alto valor agregado dos materiais que compõem alguns equipamentos, como ouro, prata, cobre, platina, paládio e outros materiais recuperáveis.
O relatório também destaca que a geração de lixo eletrônico global deve aumentar em torno de 17%, e superar a marca de 50 milhões de toneladas por ano até 2021.