Reuso da água de chuva… você já parou para pensar na importância?
País precisa progredir na reservação e no reuso de água da chuva
Há pouco tempo eram comuns notícias sobre falta de água em áreas distantes dos grandes centros urbanos, especialmente no Nordeste. Mas, atualmente, a realidade é outra. Problemas enfrentados por regiões onde antes a água era abundante são registrados.
Apesar das chuvas também terem reduzido de maneira geral, em determinadas épocas elas até inundam cidades. Fato é que toda essa água que cai do céu, a despeito de casos isolados, é bem pouco reservada e reusada no Brasil, diferentemente de em muitos países como a Austrália, que convive historicamente com a escassez desse líquido, mas que conta com sistemas pioneiros de captação e reserva de água de chuva.
EXEMPLOS EXISTEM
Exemplos também de políticas avançadas de uso de recursos hídricos em outras nações como Itália, Grécia, Portugal e Japão não faltam. O Brasil, por sua vez, tem muito o que avançar. Há tecnologias nacionais acessíveis que transformam a guarda da água da chuva em uma atitude simples. Percebe-se que o que falta é conscientização e motivação para essa evolução que permitiria a redução do consumo de água potável em diversas atividades diárias. Molhar plantas, usar em descargas de sanitários e lavar veículos, áreas internas e externas das edificações.
Esse é o tipo de desafio que a solução não passa por um único setor da sociedade, mas depende do envolvimento de todos. Das esferas políticas para liderar ações estruturantes. De profissionais engenheiros e arquitetos para implementarem em seus projetos métodos de reaproveitamento de água. Das empresas investirem em produtos inovadores que apoiem as pessoas nessa tarefa. E ao cidadão cabe adotar comportamentos responsáveis diante do uso da água, com consequências diretas na qualidade de vida das atuais e futuras gerações.
A medida que eu e você envidamos esforços para investir – em construções e reformas – recursos que promovam o aumento da reservação de água da chuva e abraçamos a responsabilidade de um consumo mais consciente da água potável, começamos a fazer parte da solução.
É cada vez mais oportuno retomar a discussão desse assunto pela sociedade organizada, juntamente com o poder público, os setores acadêmicos, as empresas e os órgãos fiscalizadores. Dessa forma, quem sabe, consigamos estabelecer um marco político, legal e institucional sobre o reuso e aproveitamento da água pluvial tão necessário para a atual conjuntura e o futuro que começa agora.
Wenzel Rego – Engenheiro e diretor Comercial e de Marketing da Fortlev