O governo do Panamá e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) promovem até quarta-feira (23) o 3º Fórum Global “Negócios para a Igualdade de Gênero: Avançando nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”. Representantes de Unilever, Google, E&Y, Itaipu e outras empresas confirmaram presença.
No mundo, as mulheres recebem salário 24% menor que os homens. Na América Latina, as mulheres fazem 75% do trabalho doméstico não remunerado, segundo dados do PNUD.
O governo do Panamá e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) promovem até quarta-feira (23) o 3º Fórum Global “Negócios para a Igualdade de Gênero: Avançando nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”.
O evento reunirá representantes de empresas, governos, academia, associações trabalhistas e sociedade civil para compartilhar as melhores práticas para reduzir as desigualdades de gênero no local de trabalho e discutir como o setor privado pode avançar nesse tema e construir ambientes de trabalho inclusivos. Representantes de Unilever, Google, E&Y, Itaipu e outras empresas confirmaram presença.
O fórum discutirá inovações para a redução das desigualdades de gênero nos locais de trabalho, fará recomendações e desenvolverá estratégias para promover a aplicação de práticas e políticas para a igualdade de gênero, promoverá o diálogo entre os atores centrais e reforçará parcerias estratégicas entre setor privado, governos e PNUD para avançar no empoderamento econômico das mulheres.
A igualdade de gênero é vital para atingir a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que visa a um mundo em que “toda e qualquer mulher ou menina goze de plena igualdade de gênero e todas as barreiras sociais, legais e econômicas ao seu empoderamento tenham sido removidas”, como afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O setor privado pode cumprir papel fundamental na erradicação das desigualdades de gênero e nos esforços para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ao implementar critérios de igualdade de gênero nas pautas de suas empresas.
O setor privado pode garantir oportunidades iguais para mulheres, criar ambientes de trabalho inclusivos e contribuir para o alcance dos ODS focados na igualdade de gênero (ODS 5), trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8) e redução das desigualdades (ODS 10).
Programas com o Selo de Certificação de Igualdade de Gênero, implantados pelos governos com o apoio do PNUD, apoiam companhias públicas e privadas na abordagem das disparidades de gênero no local de trabalho e valorizam ambientes onde o trabalho e as contribuições das mulheres sejam reconhecidos.
Fatos e Dados
Globalmente
– Mulheres recebem 24% menos que homens;
– Mulheres têm 50% menos chances de serem contratadas para cargos de salário equivalente ao de período integral, pelos empregadores;
– Mulheres ocupam apenas 22% das posições de liderança, e 32% das empresas não têm sequer uma profissional mulher em seu quadro de administradores sêniores;
– A participação na força de trabalho é muito mais baixa para mulheres do que para homens. Em 2015, 72% de homens em idade de trabalho (15+) estavam desempregados, em comparação a 47% de mulheres;
– Em média, uma em cada três mulheres casadas em países em desenvolvimento não tem autonomia sobre as compras da casa, e uma em cada dez não é consultada sobre a forma como seus próprios salários são gastos.
América Latina
– Mulheres fazem 75% do trabalho doméstico não remunerado;
– Existem cerca de 20 milhões de trabalhadores domésticos na América Latina e no Caribe (7,2 milhões no Brasil), e a maioria (83%) é mulher com proteção social inadequada;
– Uma em cada três mulheres não gera renda;
– De um total de cerca de 70 grandes empresas da região, apenas três tiveram uma mulher como CEO ou presidente (leia-se 4,2%);
– Cinco em cada dez mulheres ainda estão fora do mercado de trabalho;
– Mais da metade (54%) das mulheres trabalha em ambientes informais, com fragilidade financeira e baixa proteção social.
Fonte: Onu Brasil
Foto: PNUD