A Petrobras, uma das maiores empresas de capital aberto do País, assumiu uma forte trajetória de recuperação. No ano, as ações preferenciais da companhia subiram mais de 160%. O valor de mercado da empresa saltou de quase R$ 70 bilhões em janeiro para R$ 242 bilhões.
Esse movimento de alta, segundo especialistas, teve como ponto de virada a mudança na política macroeconômica. A chegada de Pedro Parente à presidência da petrolífera, com a implementação de uma nova governança e de uma nova estratégia de mercado também mudou o cenário para a companhia.
José Matias-Pereira, professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), explicou que a empresa veio de um modelo de governança que levou a “um processo de exaustão da companhia”.
“Agora temos uma pessoa com perfil técnico”, observou. “Do outro lado tem um cenário que contribui para isso, com um governo disposto a cumprir contratos. A soma de tudo isso é mais credibilidade”, argumentou.
Preço de combustíveis
Ele ainda ponderou que a estratégia de deixar os preços dos combustíveis livres, para flutuar de acordo com o mercado, é uma sinalização importante para os investidores, o que contribui para a recuperação da empresa.
Para Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners, a Petrobras é a porta de entrada do investidor estrangeiro. A companhia, em função disso, funciona como um termômetro para a economia brasileira.
“Essa reversão foi puxada por uma perspectiva de mudança na política macroeconômica”, explicou o economista. “Em um segundo momento, a entrada do Pedro Parente na presidência da empresa continuou a impulsionar essa recuperação”, afirmou.
A perspectiva de que o País vai reorganizar as contas públicas, principalmente depois da proposta que cria um limite para a expansão dos gastos públicos, também colaborou para que as ações da Petrobras voltassem a ganhar impulso.
Fonte: Portal Brasil