Países aprovam estratégias de combate a Aids, malária e zika nas Américas

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O 55º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foi concluído no fim de setembro (30) após uma semana de debates sobre as prioridades da saúde das Américas. Após os encontros, os países aprovaram uma série de novas estratégias e planos de ação para eliminar o HIV/Aids, a malária e as doenças infecciosas desatendidas.

O plano também inclui responder ao vírus zika e outras arboviroses, facilitar o acesso aos medicamentos de alto custo, proteger a saúde dos migrantes e fortalecer os sistemas de saúde frente a desastres, entre outros temas.

A diretora da OPAS, Carissa Etienne, comemorou os avanços regionais em saúde, o que considerou resultado da solidariedade existente entre os países do continente, que concordaram em colaborar para fazer frente aos desafios comuns.

No fim de setembro, a região foi considerada livre da circulação endêmica do sarampo, uma “conquista histórica para a saúde pública” após 22 anos de trabalho, considerou Etienne.

“Nesta conquista monumental, devemos reconhecer a vontade política firme e as contribuições financeiras dos governos, dos associados e dos doadores, junto ao trabalho dedicado e constante do pessoal de saúde de todos os nossos países e territórios para levar os benefícios da vacinação a todos os povos das Américas”, afirmou.

Os ministros e delegados dos 35 Estados-membros da OPAS adotaram as seguintes estratégias: um plano para acelerar até 2020 as medidas de prevenção e tratamento para colocar fim à Aids e as infecções sexualmente transmissíveis como problemas de saúde pública até 2030; um plano para a malária que prevê intensificar a luta contra a doença, que continua sendo “grave ameaça” para as Américas.

Também estabeleceram uma estratégia para controlar as arboviroses, um grupo de vírus transmitidos por mosquitos, incluindo zika, dengue, chikungunya e febre amarela, e um novo marco para colocar em marcha iniciativas integradas com o objetivo de tornar os sistemas de saúde mais resilientes para futuras emergências de saúde.

Foi adotado ainda um plano de ação para eliminar oito doenças infecciosas desatendidas e evitar, controlar e reduzir a carga de outras cinco nos próximos seis anos. Outra medida foi um plano de ação para a redução do risco de desastres, que busca mitigar o impacto dos desastres na saúde, através de uma melhora da capacidade do setor de responder a esses eventos e se recuperar rápida e eficazmente.

Os países adotaram também uma resolução para melhorar o acesso e o uso dos medicamentos e outras tecnologias de alto custo, com o objetivo de melhorar a atenção e garantir a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Outra resolução insta os países a criar políticas e programas de saúde que abordem as desigualdades de saúde que afetam os migrantes e fortaleçam os sistemas de saúde para que possam atender as necessidades de saúde dessa população.

“Frente ao futuro, devemos preparar nossos governos e povos para responder com eficária ao rápido envelhecimento e crescimento de nossa população”, disse Etienne. “Temos que trabalhar juntos, entre as diferentes áreas de governo e com todos os setores da sociedade, para firmar uma base sólida que nos permita alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável” em 2030, completou.

Fonte: ONU Brasil
Foto: Agência Brasil


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