PNUD e Bovespa conectam doadores a projetos que querem alcançar os Objetivos Globais da ONU

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Programa seleciona iniciativas de organizações não governamentais para receberem recursos e ampliarem suas atividades, que devem estar alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Em 2015, cerca de 1,5 milhão de reais foi captado. Uso dos recursos é monitorado.

Para apoiar organizações não governamentais que buscam cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil firmou uma parceria com a BM&FBovespa. A iniciativa – chamada Bolsa de Valores Socioambientais (BVSA) – seleciona projetos que apoiam a Agenda 2030 e os conecta a doadores institucionais e individuais.

Em 2015, cerca de 1,5 milhão de reais foi captado pelo programa. Desde 2003, ano em que foi criada, a BVSA já captou 15,7 milhões para projetos e iniciativas socioambientais. A partir de 2010, a Bolsa começou a alinhar as suas ações com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das Nações Unidas.

Com a adoção da Agenda 2030, a BM&FBovespa procurou a agência da ONU para alavancar projetos que contribuam para o cumprimento dos ODS.

Anualmente, 20 projetos ficam disponíveis na Bolsa para receberem recursos. Após aprovação por um comitê técnico, eles recebem 50 mil reais da Brazil Foundation e ficam disponíveis para um segundo financiamento de até 50 mil reais de doadores.

A BVSA atua como intermediadora nesse processo, coordenando a seleção das iniciativas e realizando o acompanhamento da utilização dos recursos. Os doadores, individuais ou institucionais, podem selecionar projetos por região geográfica, tema e público específico, além de contribuir com mais de uma iniciativa. Os valores são depositados em uma conta da Bolsa e repassados integralmente à organização somente após ela ter captado todos os recursos.

Para o acompanhamento das captações financeiras, as organizações beneficiadas enviam relatórios que ficam disponíveis para os investidores no site da BVSA. Após atingir a meta de 50 mil reais, a Bolsa monitora a aplicação dos recursos, com visitas técnicas e relatórios.

“Todos os projetos passam por um comitê de seleção. Somente após uma análise específica sobre o alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é que os projetos ficam disponíveis para receberem recursos. Com isso, incentivamos o investimento social privado, socioambiental e a construção de uma pauta positiva para a Agenda 2030”, explicou a diretora de sustentabilidade da BM&F Bovespa, Sonia Favaretto.

De acordo com a gerente de Parcerias e Desenvolvimento para o Setor Privado do PNUD, Luciana Trindade de Aguiar, o investimento social privado tem disponibilizado ativos expressivos. “O engajamento de institutos e fundações corporativas amplia as oportunidades e os esforços globais, nacionais e locais de desenvolvimento”, afirmou.

A representante do PNUD acredita que o programa esteja favorecendo a construção de uma cultura de filantropia de transformação social.

O Centro Internacional do PNUD em Istambul calculou que, até 2030, para garantir o cumprimento dos 17 ODS em todo o planeta, serão necessários de 3,3 a 4,5 trilhões de dólares ao ano em gastos públicos, investimentos e auxílios. Grande parte dos recursos deve vir do setor privado, com o apoio a projetos regionais de impacto social.

 

Fonte: ONU Brasil

Foto: ONU Brasil


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