Os quatro prefeitos eleitos da Região Metropolitana do Vale do Aço vão iniciar as suas gestões pautadas em metas com base em indicadores, transparência e prestação de contas, através do “Programa Cooperação para Cidades Sustentáveis – PCSS”. A plataforma, apresentada a 21 candidatos a prefeito de dez municípios da área de abrangência da FIEMG Regional Vale do Aço, visa mobilizar e articular com os gestores públicos um trabalho sistematizado de desenvolvimento territorial sustentável por meio de um planejamento estratégico regionalizado.
Os prefeitos Sebastião Quintão (Ipatinga), Geraldo Hilário (Timóteo), Marcos Vinícius (Coronel Fabriciano) e Luzia Melo (Santana do Paraíso) aceitaram o desafio e terão que adotar práticas eficientes voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente.
Para o prefeito eleito de Ipatinga, Sebastião Quintão, ser sustentável significa, antes de qualquer coisa, pensar nas próximas gerações para tomadas de decisões e ações. “Ao assumirmos esse pacto político com o desenvolvimento sustentável nos comprometemos a exercer uma gestão pública, voltada também para a implementação de ações urbanas que reduzam os impactos ambientais enquanto promovem saúde, bem-estar e oportunidades econômicas aos cidadãos”, disse.
Marcos Vinicius, que em 2017 assumirá o poder executivo em Coronel Fabriciano, está empenhado com a adesão ao Programa. “Para nós este acordo é muito importante, já que falamos sobre sustentabilidade em nosso plano de governo. Queremos uma cidade saudável e melhor para se viver,” pontua.
O coordenador-executivo da organização da Rede Nossa São Paulo, Maurício Broinizi, diz que o Programa propõe o levantamento de indicadores sociais, econômicos, políticos, ambientais e culturais, para a elaboração de um diagnóstico detalhado das cidades.
“O PCS defende que a sustentabilidade é um tema transversal às diversas secretarias municipais e prevê metas de resultados para todas as áreas da administração, além de ser uma fonte de informação para planejamento, gestão e tomada de decisões, contribuindo para a capacitação de gestores públicos municipais e organizações da sociedade civil em diversas cidades brasileiras”, explica Maurício.
Broinizi acrescenta que o programa é fundamentado nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) por meio de 17 objetivos e 169 metas para promover a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a governança democrática em todo o mundo entre 2016 e 2030. “Estas metas são acompanhadas por um conjunto de indicadores para que governos, sociedade civil e empresas revejam suas ações e prioridades em favor de um novo modelo de desenvolvimento”.
Para o presidente da FIEMG Regional Vale do Aço, o objetivo dessa iniciativa é apresentar a ferramenta de gestão para que os futuros prefeitos atuem alinhados às prioridades dos municípios. “Trabalhar com uma agenda que tenha eixos, indicadores, metas, sugestões e apoio de casos exemplares, contribui muito na gestão e no diálogo entre os municípios”, defende Luciano Araújo.
Luciano acredita que o PCS é uma forma de equilibrar o desenvolvimento econômico, a sustentabilidade e a justiça social através de uma governança transparente e democrática. “Toda a sociedade tem acesso aos dados do seu município, basta acessar o site e acompanhar para cobrar dos governantes”.
SERVIÇO:
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
Fiemg Regional Vale do Aço
Avenida Pedro Linhares Gomes, 5431, Horto – Ipatinga
Telefone: (31) 3822-1414
PRINCIPAIS PRÁTICAS ADOTADAS PELAS CIDADES SUSTENTÁVEIS:
– Ações efetivas voltadas para a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, visando o combate ao aquecimento global.
– Medidas que visam a manutenção dos bens naturais comuns.
– Planejamento e qualidade nos serviços de transporte público, principalmente utilizando fontes de energia limpa.
– Incentivo e ações de planejamento para o uso de meios de transporte não poluentes como, por exemplo, bicicletas.
– Ações para melhorar a mobilidade urbana, diminuindo consideravelmente o tráfego de veículos.
– Promoção de justiça social.
– Destino adequado para o lixo. Criação de sistemas eficientes voltados para a reciclagem de lixo. Uso de sistema de aterro sanitário para o lixo que não é reciclável.
– Aplicação de programas educacionais voltados para o desenvolvimento sustentável.
– Investimentos em educação de qualidade.
– Planejamento urbano eficiente, principalmente levando em consideração o longo prazo.
– Favorecimento de uma economia local dinâmica e sustentável.
– Adoção de práticas voltadas para o consumo consciente da população.
– Ações que visem o uso racional da água e seu reaproveitamento.
– Práticas de programas que visem a melhoria da saúde da população.
– Criação de espaços verdes (parques, praças) voltados para o lazer da população.
– Programas voltados para a arborização das ruas e espaços públicos.
Fonte: Diário do Aço