A oficial de programa de saúde do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Brasil, Nara Santos, participou no início deste mês de uma conferência organizada pelo Ministério da Justiça, em Brasília, sobre o consumo de drogas, que tratou também do Projeto Redes, iniciativa com o objetivo de aproximar especialistas de saúde, segurança e inclusão social.
A oficial de programa de saúde do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Brasil, Nara Santos, participou no início deste mês de uma oficina organizada pelo Ministério da Justiça, em Brasília, sobre o consumo de drogas e sobre o Projeto Redes, uma iniciativa com o objetivo de aproximar especialistas de saúde, segurança e inclusão social.
Durante o evento, a especialista destacou as diretrizes internacionais de prevenção ao uso de drogas, discutindo também a importância das evidências científicas nesse trabalho.
“A ciência da prevenção fez enormes avanços nos últimos 20 anos, permitindo identificar que, com base em evidências, estratégias de prevenção precisam extrapolar o campo da informação. As evidências apontam para a importância da relação entre a prevenção e o processo de socialização de crianças e adolescentes”, disse Nara.
Com base na publicação “Diretrizes Internacionais sobre a Prevenção do uso de Drogas” do UNODC, Nara destacou que a meta geral da prevenção ao uso de drogas se insere em um objetivo mais amplo de desenvolvimento seguro e saudável de crianças e jovens, para que percebam seus talentos, contribuindo para o bem de suas comunidades e sociedade.
O evento, realizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), também teve a presença do secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Luiz Guilherme Paiva, e do professor Antônio Néry, da Universidade Federal da Bahia.
Por meio de um resgate social e histórico, Néry detalhou a presença das drogas na história da humanidade e seu papel na sociedade, enquanto uma das mesas de debates discutiu a rede intersetorial de cuidado a pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de drogas nos territórios, com foco em saúde, assistência social, educação e direitos humanos.
Também houve participação da coordenadora dos projetos de prevenção da SENAD/FIOCRUZ, Andrea Leite, e da coordenadora do projeto de prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas da Coordenação Geral de Saúde Mental Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Raquel Turci Pedroso.
A programação contou ainda com a participação do diretor de articulação e projetos da SENAD, Leon Garcia, que tratou da articulação intersetorial e política para pessoas que tem problemas com drogas, destacando as ações sequenciais ao programa “Crack, é Possível Vencer” com a implantação de comitês sobre drogas nas cidades com mais de 200 mil habitantes.
A oficina teve um painel com a participação da coordenadora do Ponto de Cidadania, Patricia Flach, da Universidade Federal da Bahia, e do coordenador de saúde mental da prefeitura de São Paulo, Roberto Tykanori, que abordou o tema do cuidado com pessoas que usam drogas..
Projeto Redes
O Projeto Redes é uma iniciativa da SENAD em parceria com a Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Drogas do Ministério da Saúde e com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O objetivo da ação é promover a aproximação entre as políticas de saúde, prevenção, segurança, proteção e inclusão social. Em 2014 e 2015, a SENAD desenvolveu um conjunto de atividades relacionadas à articulação de rede intersetorial em 21 municípios no país.
Este ano, a ideia é continuar apoiando esses territórios e expandir o projeto com a participação de 32 novos municípios, um consórcio regional e os estados do Rio Grande do Norte e Amapá.
Fonte: ONU Brasil
Foto: EBC