Que a importância de uma organização já não é mais medido apenas pelos seus bens e valor de mercado todo mundo sabe. O que nem todos sabem, no entanto, é que uma das principais formas de se investir na reputação, imagem e competências da empresa e de seus funcionários é através de programas de sustentabilidade nas organizações, uma vez que mobilizações positivas em causas ambientais, econômicas e sociais pode gerar infinitas vantagens competitivas para o negócio.

Entre os benefícios estão a melhoria na imagem para o consumidor, o aumento das vendas internas e externas, a redução de custos e riscos e um aumento da capacidade de inovação da empresa, bem como mais valorização no mercado de capitais, e antecipação à legislação evitando multas e sanções.

No entanto, ao contrário do que muita gente pensa, a sustentabilidade nos negócios não se resume apenas aos projetos ambientais. Há também a real necessidade de investimentos em áreas internas e do dia a dia da instituição como, por exemplo, a saúde e a segurança dos funcionários — evitando assim acidentes e indenizações trabalhistas.

Além disso, é importante melhorar as condições de trabalho de um modo geral, garantindo mais qualidade de vida aos funcionários e consequentemente reduzindo o grau de rotatividade na empresa. Isso gera menos despesas com contratações, treinamentos e demissões.

Isso sem falar nos já citados benefícios de se estar de acordo com as leis sociais e ambientais, bem como a imagem positiva da empresa perante clientes e consequentemente seus investidores. Percebeu que todo investimento do tipo gera algum retorno?

A sustentabilidade nos negócios não é algo exatamente novo e já evoluiu bastante desde a sua criação. Hoje já se fala na versão 3.0, uma espécie de melhoria do modelo de gestão através da sustentabilidade corporativa. Nos últimos anos, o conceito ganhou muita visibilidade por empresas e instituições de todo o mundo. No entanto, muitos empresários ainda duvidam que ele veio para ficar e acreditam tratar-se apenas de algo temporário, uma moda das organizações.

Por isso, para evitar investimentos altos e de longo prazo, muitas marcas apostam em uma espécie de “maquiagem verde” — táticas criada para enganar clientes e investidores sobre sua preocupação com o meio ambiental e social. Porém, um grave efeito colateral pode ser notado nessas instituições: o alto gasto com a maquiagem e os transtornos sofridos por elas quando o truque é revelado, além do não crescimento real do negócio.

O fato é que o desenvolvimento sustentável já está consolidado em diversas escaladas de governos e organizações da sociedade. Isso diminui a ideia de ser algo passageiro ou modismo. É claro que muitas vezes o retorno é indireto. Ou seja, não volta em forma de dinheiro vivo no balanço mensal, mas certamente fará parte dos resultados positivos da empresa a longo prazo. Por isso é necessário uma boa análise da estrutura da companhia, seus objetivos e possibilidades, para evitar a maquiagem de serviços e o gasto de recursos desnecessários, que poderiam beneficiar o meio social, ambiental e econômico a qual a empresa está inserida.


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