Representantes do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) reuniram-se com o governador de Sergipe, Jackson Barreto, para discutir o andamento do Projeto Dom Távora, que vem sendo executado no estado com recursos do organismo internacional.
A iniciativa tem como meta atender 10 mil famílias de pequenos produtores rurais, beneficiando 40 mil pessoas, por meio da implementação de 300 planos de negócios. O projeto atua em 15 municípios dos territórios Agreste Central, Centro Sul, Baixo São Francisco e Médio Sertão Sergipano.
Representantes do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) reuniram-se na terça-feira (4) com o governador de Sergipe, Jackson Barreto, para discutir o andamento do Projeto Dom Távora, que vem sendo executado em 15 municípios do estado com recursos do organismo internacional.
“Fizemos um apelo para estender o projeto para outras regiões do estado que também apresentam extrema pobreza e que não foram contemplados com o programa”, afirmou o governador sobre o encontro.
Segundo ele, o FIDA demonstrou satisfação ao verificar que o projeto em Sergipe está se desenvolvendo dentro do traçado. “Também pude externar a minha satisfação com os nossos técnicos que estão trabalhando no projeto”, completou o governador.
O oficial de programa do FIDA, Leonardo Rocha, afirmou que a missão do organismo passará dez dias em Sergipe para avaliar os resultados dos projetos, e criará um planejamento e assessoramento de todas as ações a serem realizadas até 2019.
De acordo com Rocha, a reunião com o governador foi uma oportunidade de o FIDA transmitir sua expectativa de que o projeto chegue até 2019 com a execução completa dos recursos físicos e financeiros previstos.
Rocha lembrou ainda que o projeto precisa ter como foco os planos de negócios já elaborados e a assessoria técnica aos beneficiários. “Principalmente aqueles que por muito tempo tiveram assessoria técnica do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) nos assentamentos, e agora, por conta das mudanças do governo federal, ficaram sem assessoria técnica. Nossa missão está vindo justamente para suprir isso”, acentuou.
Quanto ao projeto Dom Távora II, o oficial do FIDA disse estar aguardando manifestação formal do estado. “Após a solicitação do estado é que poderemos reservar o recurso para que, a partir de 2019, tenhamos uma nova fase do projeto com a colaboração do FIDA como agência financeira e do governo do estado como agência implementadora”, explicou.
Projeto Dom Távora
O projeto Dom Távora foi contratado em 2013 com investimento previsto de 28 milhões de dólares. Desse total, 15,7 milhões de dólares são financiados pelo FIDA com uma contrapartida estadual de 12,3 milhões de dólares.
A iniciativa tem como meta atender 10 mil famílias de pequenos produtores rurais, beneficiando 40 mil pessoas, por meio da implementação de 300 planos de negócios. O projeto atua em 15 municípios dos territórios Agreste Central, Centro Sul, Baixo São Francisco e Médio Sertão Sergipano.
Dos 300 planos de negócios do Projeto Dom Távora, 140 serão no Baixo São Francisco. Entre os municípios beneficiados estão Nossa Senhora Aparecida, Carira e Pinhão (Agreste Central); Tobias Barreto, Poço Verde e Simão Dias (Centro Sul); Graccho Cardoso e Aquidabã (Médio Sertão); e Pacatuba, Brejo Grande, Ilha das Flores, Neópolis, Santana do São Francisco, Japoatã e Canhoba (Baixo São Francisco).
Segundo o FIDA, o projeto Dom Távora trabalha para incrementar negócios na área rural, com foco nas cadeias produtivas e na sustentabilidade. Seu objetivo é atuar com grupos de negócios, identificados nas comunidades e assentamentos por meio de suas organizações.
Inicialmente, nove cadeias prioritárias serão apoiadas: caprinocultura e ovinocultura, aquicultura, apicultura, avicultura caipira, artesanato, fruticultura especial, turismo rural, mandiocultura e cocoicultura, sendo possível a identificação e apoio a novas cadeias com demandas de mercado comprovadas e com capacidade de agregação de produtores. O programa irá potencializar iniciativas de negócios já existentes e implementar novas, melhorando a vida das pessoas que vivem nas comunidades beneficiadas.
O nome do projeto foi escolhido em homenagem a Dom José Vicente Távora (1910-1970), primeiro arcebispo metropolitano de Aracaju.
Os recursos aplicados já permitiram a realização de uma série de atividades produtivas, entre elas: bovinocultura, ovinocaprinocultura, piscicultura, cultivo de arroz orgânico, apicultura, fábrica de ração alternativa e atividades de agroecologia com produção de sementes e cultivo de hortaliças.
Redação Investvida
Fonte: Onu Brasil