Novo relatório da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) apontou que os preços dos alimentos em todo o mundo caíram pelo quinto ano consecutivo em 2016, com uma média de 161.6 pontos ou 1,5% abaixo do nível de 2015.
De acordo com a agência da ONU, as boas colheitas de cereais ajudaram a reduzir a pressão sobre os preços de commodities tropicais como o açúcar e o óleo de palma, que tiveram as produções impactadas pelo El Niño.
Em 2016, o preço dos cereais caiu 9,6% em relação ao pico de 2011, enquanto o valor médio do açúcar foi 34,2% maior e o das oleaginosas subiu mais de 11,4%.
A FAO reportou que os preços dos óleos vegetais aumentaram 4,2% em relação a novembro, em parte devido aos baixos níveis globais de estoque, ao suprimento apertado do óleo de palma e, no caso do óleo de soja, por conta do crescente uso de biodiesel na América do Norte e do Sul.
A alta nos preços da manteiga, dos queijos e do leite em pó integral, devido à produção limitada na União Europeia e na Oceania, elevaram os valores dos laticínios em 3,3%.
Já os índices de açúcar e de carne caíram, o primeiro devido ao enfraquecimento da moeda brasileira e o segundo, devido à redução nos custos de carne bovina e de aves.
Para a economista sênior da FAO, Abdolreza Abbassian, as incertezas econômicas, incluindo o movimento nas taxas de câmbio, provavelmente influenciarão ainda mais os mercados de alimentos neste ano.
O índice de Preços Alimentares da FAO, introduzido em 1996, é um balanço do comércio internacional dos cinco principais grupos alimentares: cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar.
Fonte: Onu Brasil