O presidente da estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso, afirmou que apesar do país estar estudando os limites técnicos e custos para a inserção de fontes renováveis em sua matriz energética, como usinas eólicas e solares, a política do país deverá manter o foco nas hidrelétricas.
A EPE tem desenvolvido projetos de novas hidrelétricas e buscado identificar potencial para construção de plantas hídricas com reservatórios e usinas reversíveis, que podem armazenar água para gerar quando necessário. Barroso acredita que os reservatórios seriam importantes para compensar a incerteza que a variação do vento e do sol causa sobre a produção das renováveis.
Luiz Barroso ainda revelou que a EPE pretende desenvolver um estudo em 2017 para determinar quanto o sistema pode acomodar de renováveis e qual é o custo incremental de acomodar um limite maior de penetração dessas fontes renováveis.
A EPE destacou ainda que as hidrelétricas brasileiras podem ser um aliado de peso para a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), o que vai contra acusações de grupos ambientalistas, que chegaram a acusar essas usinas de serem mais poluentes que algumas termelétricas.
“Um recente estudo de pesquisa desenvolvido com apoio de várias universidades revelou, ao contrário do que se pensava, que as usinas no Brasil emitem muito menos. Das 11 usinas avaliadas no projeto, o maior valor de emissão foi de cerca de um 1/5 de uma usina a gás natural ou 1/10 de uma usina a carvão”, disse Barroso.
Fonte: Ambiente Energia
