Puxado pelas vendas no varejo, o País voltou a crescer em novembro do ano passado. Dados do Banco Central mostram que, na comparação com outubro, o avanço foi de 0,20%.
O resultado, no entanto, ainda não é suficiente para reverter o quadro de 2016. A expectativa do mercado financeiro é de que apenas em 2017, com as reformas que o governo quer implementar, a economia volte a uma trajetória sustentável de crescimento.
O número, divulgado nesta sexta-feira (13), faz parte do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), um indicador que tenta prever o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) antes da divulgação oficial. O PIB é a soma das riquezas do País em um determinado período.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará os dados equivalentes aos divulgados pelo BC apenas em março, quando torna público o resultado oficial do PIB do terceiro trimestre do ano.
Esse resultado favorável em novembro foi puxado, principalmente, pelo desempenho das vendas do varejo, que cresceram 2% frente a outubro. Entre os ramos do comércio, as principais influências positivas foram registradas por supermercados (+0,9%), móveis e eletrodomésticos (+2,1%), artigos farmacêuticos (+0,6%), equipamentos para escritório e informática (+4,3%), outros artigos de uso pessoal (+7,2%) e material de construção (+7,2%).
O que é IBC-Br
O IBC-Br foi construído com base na evolução da agropecuária, da indústria e do setor de serviços. Os cálculos são feitos de forma semelhante aos que o IBGE faz. O objetivo principal do indicador do BC é prever um resultado aproximado para o PIB.
Com esses números em mãos, o BC consegue desenhar melhor suas estratégias para o controle da inflação. Para se chegar ao resultado final, 16 pesquisas e levantamentos entram na conta.
Além da Pesquisa Mensal do Comércio e da Pesquisa Industrial Mensal, são ponderados os resultados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dados de comércio exterior, levantamento de safra e outros.
Fonte: Portal Brasil