ONS: crise faz consumo de energia em 2016 se manter no mesmo nível de 2015

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energiaO consumo de energia em 2016 não se alterou em relação a 2015, disse hoje (12) o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata Ferreira. A carga de energia este ano deve totalizar 64.636 megawatts médio (MWmédio), valor 2 mil megawatts menor do que a previsão feita em agosto. No ano passado, o consumo de energia elétrica no país caiu 1,8% em comparação a 2014. A estagnação do consumo de energia é atribuída à recessão econômica.

“A operação do sistema hoje está mais tranquila do que algum tempo atrás. Isso se deve à entrada de novas fontes de geração e de transmissão. Mas tem um fator adicional que está dando esse certo conforto para nós, mas que para o país é muito ruim, que é a interrupção no crescimento da demanda, provocada pela economia. A crise econômica está impactando o aumento da demanda [de energia] e isso está aumentando as folgas para o sistema”, afirmou Ferreira, em conversa com jornalistas na sede do ONS, no Rio de Janeiro.

Segundo o diretor-geral, não há risco de desabastecimento de energia para todas as regiões do país pelos próximos cinco anos e a expansão da geração elétrica soma 9.130 MW até novembro deste ano.

“A oferta hoje é confortavelmente superior à demanda [de energia] e está permitindo que a gente faça o abastecimento do sistema, mesmo nas condições adversas da Região Nordeste, pela questão climática, pelo comportamento da bacia do Rio São Francisco, que há vários anos vem com um processo de estiagem muito forte”, disse.

Ferreira também informou que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê um crescimento para 2017 de 2,2% no consumo de energia para um aumento de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

A previsão do ONS é que o nível dos reservatórios no Sudeste chegue ao final do ano com 36% da capacidade; no Sul, com 69%; no Nordeste, com 17%, e no Norte, com 13%. No final do ano passado, o nível dos reservatórios no Sudeste estava em 30%; no Sul, em 98%; no Nordeste, em 5%; e no Norte, em 15%.

Fonte: Agência Brasil


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