Novas conclusões da unidade de desenvolvimento econômico e social das Nações Unidas na Ásia-Pacífico mostraram que aproximadamente 75% da capacidade de banda larga da região está concentrada em países do Leste e Nordeste da Ásia, enquanto a sub-região do Pacífico responde por apenas 1,93%.
“Como resultado da desigualdade, milhões de pessoas são excluídas de oportunidades digitais transformadoras em educação, saúde, negócios e serviços financeiros”, disse nesta sexta-feira (19) Shamshad Akhtar, secretária-executiva da Comissão Econômica e Social para Ásia e Pacífico (ESCAP, na sigla em inglês), em comunicado à imprensa.
Ela também enfatizou que a conectividade por banda larga é vital para a economia digital e para a conquista dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODSs) na região.
O relatório mostrou que, de acordo com dados de 2015, as demais três sub-regiões: Sul e Sudoeste da Ásia, Norte e Centro asiático e Sudeste têm combinadas 23,19% das assinaturas de banda larga fixa da região, três vezes menos que o Leste e o Nordeste.
As conclusões confirmam que as desigualdades entre países avançados e em desenvolvimento no acesso à banda larga fixa são disseminadas, e a não ser que políticas públicas sejam implantadas, a tendência continuará em detrimento das oportunidades de desenvolvimento futuro.
O relatório também concluiu que a região registrou um dramático aumento das assinaturas de banda larga fixa em dez anos, passando de 38,1% em 2005 para 52,3% em 2015.
No entanto, o relatório também mostra que menos de 2% da população regional adotou a banda larga fixa em 20 países, ampliando a “desigualdade digital” entre países de alta e baixa renda em velocidade alarmante.
Também mostra que a penetração do comércio eletrônico está diretamente ligada ao acesso à conectividade via banda larga.
Fonte: ONU Brasil
Foto: EBC