A manutenção do funcionamento das linhas de transmissão e distribuição de energia acaba de ganhar um novo aliado vindo do setor de agronegócio. O Manejo Integrado de Vegetação (MIV) é uma solução eficiente e sustentável para o manejo da vegetação debaixo das linhas de transmissão que engloba a aplicação de herbicidas.
Trazido ao Brasil pela Dow AgroSciences, o MIV erradica as plantas que prejudicam a manutenção e funcionamento das linhas de transmissão beneficiando outros tipo de vegetação trazendo ganhos operacionais e garantindo a sustentabilidade. “O MIV vai trazer para o setor elétrico um maior custo beneficio para a manutenção da vegetação debaixo das linhas de transmissão, mão de obra especializada e benefícios ambientais”, afirmou Valeska De Laquila, gerente de contas especiais da Dow. “Além disso, o processo visa o estabelecimento de vegetação que não afeta a rede elétrica proporcionando às concessionárias de energia uma atuação mais econômica e consciente”, completou.
Visando a manutenção do funcionamento da rede elétrica de maneira contínua e sustentável, a CPFL entrou como parceira da Dow AgroScienses no uso do MIV em regiões de passagem. Para Rodolfo Sirol, diretor de sustentabilidade da CPFL, “é um desafio manter essas linhas de transmissão operando longe de qualquer interferência seja ela por vegetação ou outros fatores. A parceria com a Dow tem buscado uma solução mais perene e efetiva em relação a interferências da vegetação nas operações das redes elétricas”.
“O MIV é uma proposta já consagrada em países desenvolvidos. Com esse serviço buscamos trazer o melhor atendimento para o cliente respeitando todos os princípios de sustentabilidade. O passado, onde o roçador fazia a manutenção da vegetação próxima das linhas de transmissão é uma atividade que não agrega aos resultados que esperamos”, afirmou Rodolfo Sirol.
Atualmente a CPFL contabiliza cerca de 82 mil KM de redes de transmissão, por isso, a busca de soluções mais efetivas no controle da vegetação ao redor dessas estruturas configura como um grande desafio.
O roçado é a atividade mais utilizada para realizar esse controle. Ele consiste no corte periódico de plantas prejudiciais à manutenção das linhas de transmissão, em comparação com o Manejo Integrado de Vegetação ele é menos produtivo, pois não elimina o rebrote de plantas arbustivas (as maiores causadoras de interrupção na rede elétrica pelo toque dos galhos nos fios), prejudica a flora local além de não ser efetivo.
Com o MIV as plantas indesejadas são eliminadas dando lugar a outros tipos de vegetações que trazem ganhos operacionais e garantem a sustentabilidade local, o que permite manter as linhas de transmissão fora de perigo.
Funcionamento e aplicação
O MIV seleciona as plantas cujas características não se enquadram no perfil desejado e através da aplicação de herbicidas, fabricados pela Dow Agrosciences, ou capina química como é conhecida, ele remove apenas as plantas daninhas, arbustos e árvores indesejadas, estimulando ao longo do tempo a formação de um grupo de plantas nocivas às linhas de transmissão, garantindo ao mesmo tempo a preservação dos biomas naturais e o acesso seguro e fácil às áreas de passagem.
Para aplicação dos herbicidas existe um grupo de etapas que garantem a efetividade do processo: avaliação da vegetação – cada área tem a sua especificidade e solicitará uma ação diferente; definição dos objetivos – de acordo com as espécies decide-se o nível de controle realizado; definição de quais equipamentos utilizar para a implementação do MIV; aplicação do tratamento e monitoramento. As alternativas para a adição dos herbicidas são foliar (nas folhas), basal (no tronco) e toco (no corte do tronco).
Com a aplicação de substâncias a frequência do corte é reduzida, facilitando o manejo das atividades nas redes garantindo um acesso seguro e fácil aos serviços de manutenção.
A intenção do MIV é manter o que já é feito hoje em relação a contratação das empresas de roçada, porém, estimulando essas empresas a inserirem o Manejo Integrado de Vegetação nos seus serviços. Para isso, a Dow desenvolveu um treinamento para habilitar empresas, garantindo que a metodologia será aplicada de forma correta.
Fonte: Ambiente Energia