Aterros sanitários são cada vez mais considerados para geração de energia

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aterro-sanitarioO cumprimento das metas do Acordo de Paris vem fazendo os países buscarem soluções no dia a dia para a diminuição quantidade de gases poluentes na atmosfera. O uso dos aterros sanitários, que geram gases nocivos para o meio ambiente, para produção de energia limpa é visto cada vez mais como uma forte possibilidade.

Nessas áreas, ao contrário dos vazadouros a céu aberto que concentram riscos à saúde e ao meio ambiente, os poluentes gasosos produzidos em maior volume, como o metano, podem ser capturados e aproveitados para a geração de energia limpa, sem agravar o efeito estufa. Nos aterros sanitários o potencial de geração de metano supera em 60% o volume emitido nos lixões e em 20% o liberado nos “aterros controlados”, mantidos sem métodos adequados contra a poluição.

Como o metano é o mais potente contribuinte do efeito estufa, sua captura em aterros constava entre os principais projetos beneficiados pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado no âmbito do extinto Protocolo de Kyoto – o que agora poderá ser reaquecido por meio de novos instrumentos financeiros estabelecidos pela ONU.

Um mapeamento concluído neste ano pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), realizado junto com as 22 unidades que exploram gás do lixo, indicou que todos os aterros sanitários hoje existentes no país têm capacidade acumulada de emitir 892 milhões de toneladas de carbono em 30 anos, podendo gerar ao fim desse período 500 MWh – suficiente para abastecer cerca de 3,2 milhões de pessoas. Para isso, seria necessário investimento de R$ 1 bilhão.

A Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás) ainda aponta que o Brasil tem condições de gerar 115 mil GWh de energia por ano com o aproveitamento dos rejeitos urbanos e também da pecuária e da agroindústria, o que equivale a uma Itaipu e meia. Estima-se que o potencial de geração de energia de todo o lixo seria suficiente para abastecer em 30% a demanda de energia elétrica atual do Brasil.

Fonte: Ambiente Energia


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